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PAPO ABERTO: Partidos, racismo e clima

a reflexão da notícia

07/11/2022 às 10h41 Atualizada em 10/11/2022 às 11h05
Por: Pedro Son Fonte: Pedro Son
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PAPO ABERTO: Partidos, racismo e clima

Aos poucos vamos voltando à realidade pós-eleição.

O Brasil precisa se voltar agora para o futuro, águas passadas não movem moinhos e há um desafio enorme pela frente para equalizar e equilibrar a vida econômica do País.

Portanto, vida que segue!

Os jornais falam prá frente e aos poucos outras linhas vão ocupando as manchetes dos jornais.

Vamos uma análise das manchetes, porque manchete é manchete. Apenas um chamado para a notícia. Explicá-las, as vezes é importante

ESTADO DE SÃO PAULO: Congresso reduz número de siglas e facilita base para Lula (Câmara passou de 30 para 19 partidos)

Legislação mais restritiva, como a cláusula de barreira, por exemplo, ajudou a reduzir número de siglas representadas na Câmara de 30 para 19. Muitos estão se juntando.

A cláusula de barreira estabelece regras para que os partidos tenham acesso ao Fundo Partidário: 2% dos votos nacionais, eleição de pelo menos 11 deputados pela sigla em estados diferentes, e por aí vai.

Para vocês terem uma ideia a articulação por fusão ou federação envolve até partidos que foram sempre de ponta como MDB, PSDB, PP e União Brasil.

Já não era sem hora. Partidos demais, embora facilite a democracia com a inclusão de alguns segmentos, gera uma Torre de Babel sem limite.

Lembram da Torre de Babel na Bíblia, muita gente falando ao mesmo tempo e sem muito entendimento.

Então, dos 19 que agora ficam ainda pode ser mais reduzido ainda. Eu, particularmente, acho que dez partidos ficariam num tamanho bom.

Outra manchete importante:

CORREIO BRASILIENSE: Denúncias raciais crescem no Distrito Federal e desafiam a sociedade

Estamos em pleno mês da Consciência Negra e a questão do racismo é tema de discussão.

O tempo passa e continuamos como antes, com o negro sendo cada vez mais desrespeitado e considerado seres secundários.

Aqui a manchete fala do Distrito Federal, mas é uma realidade país a afora.

 Na sociedade brasileira as diferenças sociais entre brancos e negros são nítidas no cotidiano. Além do aspecto econômico, no qual pessoas pretas e pardas (a combinação desses grupos forma a classificação negra, segundo o IBGE) são maioria entre as que possuem rendimentos mais baixos, a persistência de situações de maior vulnerabilidade, indicada por evidências nos campos da educação, saúde, moradia, entre outros, mostram evidente desequilíbrio na garantia de direitos em prejuízo para a população negra.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, os negros representam 70% do grupo abaixo da linha da pobreza.

Nessa perspectiva, construir uma sociedade mais igualitária requer a compreensão do papel de cada estrutura socioeconômica na reprodução do racismo para elaborar estratégias efetivas de enfrentamento.

É preciso um freio de arrumação. É preciso termos políticas públicas fortes para enfrentamento da desigualdade racial.

O racismo é um fenômeno que se afirma através da sua própria negação. Quanto mais se nega a existência do racismo no Brasil, mais esse racismo se propaga.

Novembro é mês especial. De repensar tudo isso e entendermos de vez que não há raça superior ou inferior.

Somos todos seres humanos. O sangue que corre nas veias é da mesma cor.

É tudo uma questão de respeito, de sentimento de pertencimento, de irmandade, de cristianismo, de tolerância...

Neste Novembro, as comunidades quilombolas jeremoabenses tem o seu momento. Dia 26.11 com passeata pelas ruas e com celebração religiosa e cultural na comunidade Baixão de Cima.

Mais uma vez ecoará o grito: “tire o racismo do caminho que eu quero passar com a minha cor”.

 

 

 

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