Wilson Aragão, ícone da música nordestina, falece aos 75 anos em Salvador

Um momento de luto para a música da Bahia. Faleceu neste sábado, em Salvador, o artista Wilson Aragão, aos 75 anos de idade. Conhecido como um dos grandes nomes da música nordestina, ele era um símbolo cultural de sua terra, Piritiba.

Embora a causa oficial não tenha sido confirmada, sabe-se que o músico enfrentava um câncer no fígado. Ele deixa a esposa e três filhos, que agora recebem o carinho de amigos e fãs.

Com uma alma sertaneja e um jeito simples, Wilson Aragão deixou um legado artístico marcante. Ele sempre fez questão de exaltar Piritiba em suas canções, levando o nome de sua cidade para todo o Brasil. Quem não se lembra de “Capim Guiné”? Essa composição foi imortalizada na voz de Raul Seixas, mostrando o alcance de seu trabalho.

A carreira de Wilson começou cedo, cantando em igrejas e escolas. Crescendo em uma família evangélica, o acesso a certos ritmos era limitado. Mas seu talento já aparecia na escrita e na pintura, além das primeiras composições. Como ele transformou essas origens em música?

Depois de se mudar para São Paulo, onde foi morar após a separação dos pais, Wilson começou a compartilhar suas músicas com outras pessoas. Foi mostrando seu trabalho para amigos e artistas que ele realmente deu o pontapé na carreira. E o sucesso com Raul Seixas abriu muitas portas.

Essa parceria impulsionou sua trajetória, levando Wilson Aragão a rádios, televisões e palcos por todo o país. Para o povo de Piritiba, ele era mais que um artista famoso; era visto como um filho ilustre, um verdadeiro porta-voz da cultura local.